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22 de outubro de 2011

Clima de guerra na Ilha do Retiro após derrota do Sport


Ricardo Fernandes/DP/D.A Press


A sede da Ilha do Retiro virou palco de guerra após a derrota do Sport contra o Goiás. Uma confusão generalizada provocada por torcedores, principalmente da "organizada" Jovem, deixou gente ferida e causou vários danos ao patrimônio. O técnico PC Gusmão, inclusive, precisou interromper a entrevista coletiva e sair às pressas da sala de entrevista para buscar proteção.

O segurança do clube, conhecido como Marcão, levou uma pedrada no rosto e precisou de atendimento médico. A polícia demorou para intervir. Antes da chegada de corporações de segurança, a confusão já tinha se armado. Os torcedores se valeram de tudo para protestar: cavalete, pau, pedra, tijolo, paralelepípedo, garrafa e gritos de incentivo à violência. Até agora, ninguém foi preso.

Um grupo chegou a estourar o vidro do ônibus rubro-negro. Outros torcedores ameaçaram jogadores, como o lateral Wellington Saci. A coletiva de imprensa precisou ser cancelada. A delegação do Goiás demorou para deixar o estádio, com medo da manifestação. Os vândalos estenderam a confusão em outros pontos da cidade, como a avenida Agamenon Magalhães.

"Tem que pegar, prender e levar. Não pode acontecer isso. Não acontece nada. Eles estão aí, greiando, tirando onda. Quem tentou defender o patrimônio precisa mostrar à polícia quem foi. Senão, vai ficar o dito pelo não dito. Quem fez o quebra-quebra está aqui. É só mostrar à polícia", sugeriu o diretor de futebol rubro-negro Wanderson Lacerda.

O cartola leonino ainda disparou contra a torcida. "Tem todo direito de vaiar e criticar. Mas isso não pode se repetir. Tão pensando que aqui é o Corinthians? Pois estão enganados", disparou  Wanderson, antes de completar. "Daqui a pouco, não poderemos nem vir aqui, porque um bando de maloqueiro se propõe a fazer isso."

Sport perde o duelo contra o Goiás e a maior chance de integrar o G4

A rodada até ajudou. Faltou o Sport fazer a sua parte. Jogando na Ilha do Retiro, os rubro-negros receberam o Goiás e estariam no G-4, caso tivessem feito o dever de casa. Mas não foi isso que aconteceu. O Leão mostrou disposição, mas voltou a cometer os erros de sempre. Ansiosos, os jogadores não conseguiram concluir as jogadas com precisão e os erros de posicionamento terminaram em nova derrota.

Apesar do calor, as duas equipes começaram a partida de maneira aberta. O Sport priorizava jogadas pelas laterais, com Diogo e Saci na esquerda e Renato e Willians pela direita. O Goiás, por sua vez, trabalhava com toques rápidos pelo meio, principalmente com o meia Marcelo Costa. Na euforia da busca pelo gol, os rubro-negros cometiam erros de posicionamento e por pouco não foram surpreendidos com um contra-ataque esmeraldino.

Aos 16, depois de cobrança de falta na área da equipe visitante, a bola foi lançada para Guto num chutão. Atrapalhada, a zaga leonina deixou o adversário livre para bater forte, obrigando Magrão a praticar boa defesa em dois tempos.

A resposta veio somente aos 23, em boa jogada do ataque rubro-negro. Bruno Mineiro recebeu passe de Willians e com um toque conseguiu se livrar de dois marcadores dentro da grande área. Sem ângulo, o camisa 9 devolveu para o companheiro desperdiçar a oportunidade com um chute fraco e sem direção.

Ainda que o Sport não conseguisse manter uma regularidade, voltou a assustar aos 32. Depois de bom cruzamento de Renato, pela direita, a bola sobrou para Naldinho, que entrou na grande área e deixou para Bruno Mineiro. Pressionado pelo marcador, o atacante conseguiu bater firme mas parou nas mãos de Harlei. Na sequência do lance, o Goiás teve espaço para trabalhar a bola no contra-ataque e Iarley finalizou com chute que se passou perto da trave esquerda de Magrão.

Segundo tempoO desempenho fez com que o técnico PC Gusmão promovesse duas alterações no intervalo. Saíram Willians e Maylson para as entradas de Branquinho e Thiaguinho. Na primeira participação de Branquinho, o meia deu um belo passe para Rithelly, que parou em grande defesa de Harlei. No rebote, Saci mandou pela linha de fundo.

Em seguida, foi a vez de o Goiás desperdiçar duas chances claras. Na primeira, Marcão driblou Renato com facilidade e bateu quase da linha de fundo, parando em Magrão. Depois, foi a vez de Guto ganhar dividida com Tobi e chutar por cima da barra, cara a cara com o goleiro do Leão.

Ansiosos pela necessidade da vitória, os rubro-negros só conseguiram chegar com perigo novamente aos 19, quando Saci deixou Naldinho cara a cara com Harlei. O meia tocou com categoria por cima, mas a bola explodiu no travessão. Aos 45, a torcida rubro-negra, que vinha apoiando o time, sofreu um duro golpe.

Num vacilo generalizado rubro-negro, o zagueiro Rafael Tolói recuperou a bola em sua defesa, arrancou livre pela direita e cruzou para Iarley, que teve tempo para dominar, virar e bater para o gol. Os minutos finais foram de muitos protestos na arquibancada.

FICHA TÉCNICA
Sport
Magrão; Renato, Tobi, Gabriel e Diogo; Rithely, Naldinho, Maylson (Branquinho)
e Wellington Saci (Diego Torres); Bruno Mineiro e Willians (Thiaguinho). Técnico: PC Gusmão.

Goiás

Harlei; Douglas (Alan Bahia), Rafael Tolói, Ernando e Marcão; Marcinho
Guerreiro, Netinho, Thiago Mendes e Marcelo Costa; Guto (Wellington) e Iarley.
Técnico: Enderson Moreira

Estádio: Ilha do Retiro. Árbitro: Anderson Daronco (RS). Assistentes: Marcelo
Barison (RS) e Rubens dos Santos Filho (SE). Gol: Iarley (G). Cartões
amarelos:
Rithelly (S), Marcelo Costa e Rafael Tolói (G). Público: 19.733. Renda: R$ 127.400,00

É a Onda do Carrinho de Mão

carrinho de mão, padá, padá, badá, bá
… a galera aí está crente de que um dia vai disputar o Pan…
Os organizadores do evento cuja previsão é parar a cidade de Amaraji neste fim de semana garantem se tratar de uma competição exclusiva. Única no mundo. Também, pudera. Quem, por mais criativo ou excêntrico que seja, já pensou em promover uma corrida de carro de mão? Com direito a regulamento, sete fiscais de prova, treino para definição da largada, ajustes dos veículos, premiação e (acredite!) banho de champagne em pleno pódio.
Não vai ter Rubinho Barrichello ou Felipe Massa. Os Irmãos Oliveira e a dupla Velhinho e Gabiru são os principais concorrentes. Os verdadeiros xodós.
esse povo não trabalha não, é?
… esse povo não trabalha não, é?
A cidade distante cerca de 70 quilômetros do Recife, vizinha a Chã Grande, possui pouco mais de 20 mil habitantes. E sabe qual a meta de público da organização? É ousada: cinco mil pessoas. “É um evento único e de muito sucesso. Chega à oitava edição. E traz, como principal atrativo, o homem do campo, com toda a irreverência, para mostrar ao mundo que a ferramenta de trabalho é também o esporte favorito”, afirma Denilson Torres, produtor do evento, organizado pela Associação dos Agricultores de Prata Grande (APPG), em parceria com a Prefeitura de Amaraji.

Vinte duplas vão disputar a prova. “Um senta, o outro empurra. A cada 200 metros, o revezamento é obrigatório. O percurso é de um quilômetro e 250 metros, em círculo”, explica Denilson. A competição é no sítio Prata Grande, zona rural. Se chover… “Bem, se chover, vira rally. Na lama, mesmo”, completa o organizador.
Das oito edições da Corrida de Carro de Mão de Amaraji, os Irmãos Oliveira venceram três. Mesma quantidade de Jeferson e Edson. Aliás… “Jeferson e Edson, não. O povo aqui só conhece eles como Velhinho e Gabiru”, corrigiu Denilson. É a briga do tetra.

Serão dois dias de evento. Às 13h do sábado, o treino para definição da largada. Em seguida, missa e shows com as bandas Gim e Tarraxinha e o cantor Augusto César. Às 10h do domingo, vai ser dada a primeira largada. Às 10h30, a segunda. Às 14h, a última, com os classificados das duas primeiras eliminatórias. Entre os horários, show artístico, pois ninguém é de ferro. “Só o carrinho. E só vale ter uma roda”, alerta Denilson. Após a prova final, entrega de troféus, premiação total de R$ 5 mil entre os vencedores, banho de champagne e um carro de mão “0 km” para o campeão.

Sem Natan e Weslley, Tricolor deve jogar com Renatinho e Bismarck

O técnico Zé Teodoro ganhou duas preocupações de última hora para o confronto com o Cuiabá. Com uma entorse no tornozelo, o meia Weslley teve o veto confirmado pelo departamento médico tricolor. A surpresa ficou por conta da ausência de outro titular do meio de campo coral. Natan, que vinha treinando normalmente ao longo da semana, reclamou de dores na musculatura da coxa direita e está fora da partida deste domingo, válida pelas semifinais da Série D.

Principal articulador de jogadas do Santa Cruz nesta temporada, Weslley se machucou no segundo tempo do jogo com o Treze, quando um adversário caiu em cima de sua perna. “Senti uma dor muito forte na hora e sabia que não ia dar pra continuar”, lembrou. “Infelizmente, meu tornozelo ainda está bastante inchado e dolorido e agora não há mais necessidade de jogar no sacrifício”, acrescentou, em referência ao fato de a vaga para a Série C estar assegurada.

De acordo com Wilton Bezerra, médico do clube, ainda é cedo para afirmar se Weslley também não terá condições de atuar na segunda partida. “Vamos aguardar um pouco mais e reavaliar as condições do atleta na semana que vem”, explicou.

A notícia do veto a Natan surpreendeu Zé Teodoro, que terá de armar seu meio de campo com uma formação inédita. No coletivo de sexta-feira, o treinador deixou claro que ainda não decidiu entre Bismarck, Renatinho e Washington para as duas vagas do setor de criação das jogadas. “Vamos estudar qual a melhor opção de acordo com as informações que estamos colhendo do Cuiabá. Dependendo, posso até armar o time com três atacantes”, explicou.

Salgueiro surpreende o Asa em Alagoas

Virtual rebaixado na Série B, o Salgueiro foi ao interior de Alagoas e surpreendeu o Asa de Arapiraca na noite desta sexta-feira. Vitória por 1 a 0, com gol de Fabrício Ceará aos 32 minutos do primeiro tempo. Apesar de positivo, o resultado não muda a situação do Carcará na tabela: afundado na vice-lanterna e a 11 pontos do Goiás, primeiro fora da zona de degola.
Restando apenas seis jogos para o fim da Série B, só mesmo um milagre livrará o Salgueiro da Terceira Divisão na próxima temporada. Em 13º lugar, com 41 pontos, o Asa segue na luta contra o rebaixamento. Uma combinação de resultados no complemento da 32ª rodada, na tarde deste sábado, pode deixar o time alagoano na porta de entrada da temida zona vermelha.

No Barradão, Náutico cai diante do Vitória-BA

Não estava nos planos do Náutico sofrer um revez na partida desta tarde no estádio Barradão, em Salvador. O objetivo do Timbu era trazer para o Recife, no mínimo, um ponto em um empate contra o Vitória-BA. Mas, os alvirrubros não tiveram forças para segurar o resultado igual. Os baianos foram mais fortes e venceram o jogo por 3 a 2 neste sábado. Fábio Santos e Marquinhos (2) marcaram para o Vitória. Rogério (2) descontou para o time pernambucano.

Apesar do resultado negativo, o Náutico permanece na terceira posição da tabela de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro. O time timbu soma 53 pontos e foi beneficiado pela derrota do Americana por 3 a 2 para a Portuguesa. A próxima rodada, no sábado (29), será marcada pelo clássico com o Sport, nos Aflitos.

O jogo - Quando a bola começou a rolar ficou nítido o objetivo do Timbu na partida. Atuando com apenas Kieza no ataque e cinco homens no meio-campo, os alvirrubros apresentavam uma boa postura defensiva, sem dar espaços ao adversário e saindo em ligação direta para o ataque. Alguns poucos chutes foram arriscados de fora da área, mas o objetivo maior era mesmo marcar.

O time baiano tinha mais posse de bola, mas não conseguia furar o bloqueio timbu. A estratégia do Vitória era trabalhar pelo lado esquerdo da defesa alvirrubra nas costas do meia Philip, que atuou improvisado na lateral. Por ali era mesmo o melhor caminho. Aos 7 minutos, Giovanni cobra falta na área e Gabriel cabeceia no travessão.

Com maior volume de jogo e insistindo nas bolas aéreas, o Vitória chegou aos seu gol aos 21 minutos. Mais uma vez, o lance nasceu do lado esquerdo em um cruzamento na área. Só que o lateral Peter resolveu dá um empurrãozinho no atacante Fábio Santos, que subia para cabecear a bola. O árbitro carioca Marcelo Henrique estava de frente para o lance e marcou pênalti. O próprio Fábio Santos cobrou para marcar 1 a 0.

Em desvantagem no placar, o time alvirrubro tentou sair para o empate, mas esbarrou nas limitações ofensivas. A saída era arriscar em chutes de fora da área, mas não surtiu efeito. A melhor chance vaio aos 45 minutos, quando Eduardo Ramos cruzou para Nilson, apareceu como homem surpresa, e completou por cima da meta.

Gols -
Por opção tática, o técnico Waldemar Lemos deixou o atacante Rogério no banco de reservas. Ao voltar para o segundo tempo, o jogador entrou no jogo e não demorou muito para fazer o seu dever. Aos 7 minutos, depois de um cruzamento da esquerda, Rogério, em posição legal, cabeceou forte para empatar a partida. 1 a 1.

Melhor em campo, o Náutico acreditou que poderia vencer. Mas, no futebol, não se pode só atacar é preciso também saber defender. Aos 13 minutos, depois de uma bola levantada na área, a zaga timbu vacila. Marquinhos domina, dribla Philip e chuta no contrapé de Glédson. Vitória 2 a 1. E não parou por aí. Aos 18 minutos, depois de um contra-ataque veloz, Marquinhos recebe bola na quina da área, livre de marcação, e chuta, por cobertura, para fazer o terceiro gol baiano.

Quando todo mundo achava que a partida estava definida, aos 42 minutos, Kieza faz boa jogada individual e cruza para Rogério, na risca do gol, mandar a bola para a rede. A reação timbu foi tarde demais. A partida terminou mesmo 3 a 2 para o time baiano.

FICHA TÉCNICA

VITÓRIA-BA:
Douglas; Nino, Gabriel, jean e Fernandinho; Uelinton, Preto, Gilberto (Renan) e Geovani; Fábio Santos (Neto) e Marquinhos (Lúcio Flávio). Técnico: Vágner Benazzi.

NÁUTICO: Glédson; Peter Marlon, Ronaldo e Lenon; Everton, Nilson (Rogério), Philip, Elton (Paulo Sérgio) e Eduardo Ramos; Kieza. Técnico: Waldemar Lemos.

Local: Estádio Barradão (Salvador). Árbitro: Marcelo Henrique de Lima (RJ). Assistentes: Francisco Pereira Souza (RJ) e Antônio de Souza Parreão (TO). Gols: Fábio Santos  e Marquinhos (2) (V); Rogério (2) (N). Cartões Amarelos: Preto (V);  Lenon e Peter (N). Cartão Vermelho: Neto (V).