Náutico faz dois gols no início e joga o suficiente para vencer o Ypiranga

Não foi a partida pefeita. Mas com dois gols relâmpago, aos 10 e aos 11 do primeiro tempo, o Náutico teve a tranquilidade necessária para conduzir a vitória sobre o Ypiranga, nesta quarta-feira, nos Aflitos. O Timbu ainda marcou mais um gol na etapa inicial, sofreu outro na segunda e o placar final terminou em 3 a 1. O tento sofrido valeu ao Alvirrubro a perda da liderança para o Salgueiro, que derrotou o Sport e segue na ponta pelo saldo de gols (9 a 8). No sábado, a equipe tem o clássico contra o Santa Cruz pela frente.

Os primeiros minutos de maior posse de bola do Ypiranga indicavam um jogo difícil para o Náutico. Mas bastaram dez minutos para que o Timbu mostrasse seu poder de fogo. Na primeira vez que chegou, marcou. o volante Souza, assim como fez no clássico, cobrou falta com perfeição, sem chance para Geday. O segundo gol veio no minuto seguinte. Eduardo Ramos fez grande jogada pela esquerda e cruzou para trás. Derley só precisou tocar para o gol.

Com 2 a 0 no placar, o Náutico se deu ao luxo de diminuir o ritmo. Com isso, o Ypiranga voltou a tocar a bola, mas sem levar perigo ao gol de Rodrigo Carvalho. O Timbu encaixava a marcação e saía nos contra-ataques. Foi assim que nasceu um lance pela esuqerda que resultou em uma falta para o Alvirrubro. Souza cobrou na área e Marlon desviou de cabeça. O árbitro, porém, deu o gol a Derley, que também subiu no lance.

O panorama do jogo permaneceu o mesmo no segundo tempo. Acomodado, o Náutico deixou o Ypiranga tocar a bola como quis. O time da Sulanca voltou muito mais ligado que o Timbu e isso fez diferença. Aos 11, Eduardo Ramos perdeu a bola na frente e complicou os companheiros atrás. A Máquina de Costura desceu rápido no contra-ataque. No dois contra um, Ila tocou para Ludemar, sozinho, bater no contrapé de Rodrigo Carvalho.

O gol deixou o Náutico mais ligado na marcação, mas o Ypiranga continuou com maior posse de bola. Com espaço, A Máquina de Costura foi chegando, enquanto o Timbu se esforçava para matar as jogadas e tentar sair no contra-ataque para matar o jogo de vez. Não conseguiu marcar mais um gol, mas também não sofreu. Levou a partida em "banho maria" até o final, segurando o placar em 3 a 1.

Ficha do jogo

Náutico

Rodrigo Carvalho; Lenon, Marlon, Ronaldo Alves (Diego Bispo) e Douglas (Hélder); Elicarlos, Souza, Derley, Eduardo Ramos (Jeferson Berger) e Cascata; Siloé. Técnico: Waldemar Lemos

Ypiranga
Geday; Bruno Paraíba (Ila), Everaldo, Hugo (Teles) e Marcos Mendes; Júlio Terceiro, Neto (Danilo Lins), Jair e Robertinho; Diogo e Ludemar. Técnico: Dado Cavalcanti

Local: Aflitos. Árbitro: Gilberto de Castro Júnior. Assistentes: Albert Júnior e Roberto José. Gols: Souza, Derley (2), Ludemar, Cartões amarelos: Souza, Elicarlos (N), Neto, Diogo, Robertinho, Ludemar (Y). Público: 10.961. Renda: 36.405

Irreconhecível, Sport perde por 2 a 0 do Salgueiro

Caiu o último invicto do Pernambucano. Sem poder contar com sua zaga titular, o Sport perdeu por 2 a 0 para o Salgueiro, que se manteve na liderança do Estadual. Além de lidar com a derrota, o técnico Mazola Júnior precisará ainda encontrar um substituto para o zagueiro Willian Rocha, que vinha se firmando como titular da lateral-esquerda. O atleta torceu o joelho e deve voltar ao Recife para realizar uma ressonância magnética. Apesar do tropeço, o Leão se manteve na terceira posição, e enfrenta o Serra Talhada no domingo.

Mais uma vez, Mazola surpreendeu na escolha da escalação rubro-negra. Desta vez, porém, as mexidas não surtiram o efeito desejado. Como era de se esperar, o atacante Marquinhos, recuperado do quadro de cansaço muscular, voltou ao time. Entretanto, ao invés da lateral esquerda, onde fez boas apresentações contra Petrolina e Belo Jardim, o treinador optou por colocá-lo em sua posição de origem. Pior para Jheimy, que foi para o banco de reservas. Modificações justificadas por uma cautela por ter perdido sua zaga titular, além de enfrentar o então líder do Pernambucano no Cornélio de Barros.

Aliadas à falta de tempo para treinar, as alterações implicaram numa queda do futebol rubro-negro, que apresentou falhas de posicionamento e marcação. Embalado pela liderança e por uma torcida que lotou a arquibancada, o Carcará criou boas oportunidades no primeiro tempo e chegou a abrir o placar num gol mal anulado pela arbitragem, logo depois de Willian Rocha torcer o joelho direito (o mesmo que o atleta machucou na pré-temporada). O atleta, que vinha se esforçando na lateral-esquerda, se machucou sozinho quando sua chuteira prendeu no gramado num lance em que tentava parar o ataque adversário. Na cobrança da falta que parou a sequência da jogada, Élvis cobrou, a bola desviou na barreira leonina e sobrou pra Fabrício Ceará, que tocou na saída de Magrão. O auxiliar Jossemmar Diniz viu impedimento e levantou a bandeira.

Antes do início da etapa final, outro joelho obrigou Mazola a mexer no time. Roberson, que teve uma atuação apagada, tomou uma dura do treinador ainda no gramado e explicou que estava sentindo dores. Melhor para Jheimy, desta vez. Mas a mexida não foi suficiente para corrigir os erros do sistema defensivo do Sport, que continuou dando muito espaço para que o Carcará trocasse passes em sua intermediária. Fabrício Ceará, que já havia desperdiçado uma oportunidade incrível em cruzamento rasteiro, mostrou que pelo alto ele não costuma perdoar. Em escanteio cobrado por Élvis, no primeiro pau, o centroavante se antecipou à zaga do Sport e desviou de cabeça para o fundo da barra de Magrão.

O gol mudou o panorama do jogo. O Salgueiro, que vinha agredindo o Sport lance após lance, passou a jogar nos erros do adversário. Estratégia que podia ter custado a vitória, caso Willians e Thiaguinho não tivessem perdido duas boas chances. Mas, aos 33 o Carcará sacramentou o triunfo. Depois de a zaga do Sport parar um contra-ataque com falta, Fabrício Ceará contou com a sorte para marcar o seu segundo gol. Em jogada ensaiada, o chute do atacante desviou na barreira, acabando com a chance de Magrão defender. Não bastasse o Sport ter sofrido a primeira derrota do Estadual, agora Mazola precisará quebrar a cabeça para montar um esquema eficiente para o próximo compromisso: o Serra Talhada, também no Sertão.


Salgueiro
Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo e Peri; Pio, Josa, Vitor Caicó (Romário) e Clébson (Edmar); Fabrício Ceará e Élvis (Dinho). Técnico: Neco.

Sport
Magrão; Moacir (Willians), Bruno Aguiar, Wagner Silva e Willian Rocha (Diogo); Hamilton, Rivaldo, Thiaguinho e Marcelinho Paraíba; Marquinhos e Roberson (Jheimy). Técnico: Mazola Júnior

Local: Cornélio de Barros (Salgueiro). Árbitro: Nielson Nogueira. Assistentes: Jossemmar Diniz e Clóvis Amaral. Gols: Fabrício Ceará (2) (SA). Cartões amarelos: Vitor Caicó, Josa, Pio, Élvis, Alemão (SA), Moacir, Rivaldo, Marcelinho Paraíba e Hamilton (SP). Público: 9.044. Renda: R$ 24.370,00.

Santa Cruz não sai do 0 a 0 com o Central e torcida chama Zé Teodoro de "burro"

Pela primeira vez em mais de um ano à frente do Santa Cruz, o técnico Zé Teodoro ouviu uma gigantesca vaia da torcida tricolor. Muito mais do que o insosso empate em 0 a 0 com o Central, no Arruda, a massa coral não gostou do fraco futebol do time e das alterações realizadas pelo treinador, que chegou a ser chamado de "burro" quando preteriu a entrada de Léo a Jefferson Maranhão. Mais vaias também quando Carlinhos Bala voltou a vestir a camisa tricolor em casa. Clima ruim, que terá que ser apagado no clássico contra o Náutico, no próximo sábado.

O primeiro tempo foi daqueles de dar sono no torcedor. Enquanto o Santa Cruz até tentava criar alguma situação de perigo, o Central se preocupava exclusivamente em destruir as jogadas do Tricolor. E como destruir é mais fácil do que contruir, prevaleceu o objetivo da Patativa. Inoperante, o ataque coral chamou mais atenção por um cena cômica do que pelas jogadas de perigo. Aos 35 minutos, por exemplo, Flávio Caça-Rato teve a melhor chance do Santa. Depois do escanteio, a bola sobrou livre para ele, quicando, de frente para o gol. Era só acertar a bomba e correr para o abraço. Caça-Rato chutou o vento e deu um giro de 360°. Teve quem desse gargalhada. Mas também quem chorasse com o bizarro lance.

A Patativa fez pior. Passou os 46 minutos da etapa inicial fazendo falta. Foram, por baixo, 15. Três cartões amarelos. Nenhum chute à meta de Tiago Cardoso. Poderia ter sido diferente, se o árbitro Ricardo Tavares tivesse asssinalado uma possível penalidade de Arroz em cima de Pimenta, aos 37 minutos. A falta acabou assinalada na risca da grande área. Pelo lado coral, apenas Natan se esforçava para tirar o zero do placar. Em vão. Até ele, o "melhor" em campo, errava muitos passes. Seguiam a regra Luciano Henrique, Branquinho e Caça-Rato. As vaias no apito final não foram a toa.

O "puxão de orelhas" da torcida fez efeito. Logo na volta para o segundo tempo, o técncio Zé Teodoro fez duas mudanças no time. Carlinhos Bala e Renatinho entraram nas vagas de Branquinho e Dutra, respectivamente. Quando o nome de Bala foi anunciado e ele entrou em campo, a torcida coral se dividiu em um misto de vaias e aplausos ao atacante. Apesar das mudanças a primeira grande chance foi do Central, que voltou mais organizado na etapa final. Eduardo Arroz errou o passe e Lenílson avançou pela livre esquerda até ficar de frente com Tiago Cardoso e mandar uma bomba para grande defesa do "paredão" tricolor.

Percebendo o adversário mais perigoso, Zé Teodoro resolveu mexer de novo no time. E aí veio a surpresa da noite. Aplausos e, em seguida, vaias para o treinador coral. Tudo porque ele chamou Léo e depois desistiu da mudança, optando por Jefferson Maranhão. A torcida não gostou e teve quem chamasse o técnico de "burro". Aos 21 minutos, o zagueiro Ricardo Pursino foi expulso por falta em Caça-Rato. Mesmo com a vantagem numérica, quem chegou mais perto do gol foi a Patativa. Aos 35, Waldison entrou na área e mandou na trave. Silêncio e alívio no Arruda. Ao fim do jogo, mais vaias. Muitas e com seu quê de razão.

Ficha técnica

Santa Cruz 0
Tiago Cardoso; Eduardo Arroz, Leandro Souza, André Oliveira e Dutra (Renatinho); Anderson Pedra, Memo, Luciano Henrique e Natan (Jefferson Maranhão); Flávio Caça-Rato e Branquinho (Carlinhos Bala).
Técnico: Zé Teodoro.

Central 0
Helder; Paulo César, Voltolini e Rircardo Pursino; Romero, Cleber (Diego Góes), Fernando Voltoline, Lenilson, Thiago Silva (Wagner Manso) e Jean Batista; Pimenta (Waldison).
Técnico: Alemão

Local: Arruda. Árbitro: Ricardo Tavares. Assistentes: Pedro Wanderley e Wilton Lins. Gols: Cartões amarelos: Flávio Caça-Rato, Leandro Souza, Eduardo Arroz, Branquinho (SC); Rircardo Pursino, Cleber, Fernando Pires, Paulo César, Lenílson (C); Ricardo Pursino (C) Público: 25.274 Renda: R$ 227.538,00

..HOJE: Salgueiro X Sport ”liderança no pé do CARCARÁ“

Na liderança do campeonato o Carcará terá que segurar o LEÃO!!

FICHA TÉCNICA:

SALGUEIRO x SPORT

Local: Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Horário: 21h10.

Árbitro: Niélson Nogueira.

Assistentes: Jossemmar Diniz e Clóvis Amaral.

Ingressos: R$ 20 (arquibancada) e R$ 10 (geral e estudante).

Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Pio e Peri; Dinho, Josa, Vitor Caicó e Clebson; Fabrício Ceará e Élvis. Técnico:Neco

Sport: Magrão; Thiaguinho, Bruno Aguiar, Willian Rocha e Marquinhos Gabriel; Hamilton, Rivaldo, Diogo Oliveira e Marcelinho Paraíba; Roberson e Jheimy. Técnico: Mazolla