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19 de março de 2012

Jogadores comemoram trégua nas viagens e tempo livre para treinar para o clássico

Depois de uma sequência indigesta com três jogos seguidos fora de casa em um intervalo curto, os jogadores do Náutico comemoram o fato de ter uma semana cheia para trabalhar as deficiências da equipe. Tempo de extrema importância até porque o que vem pela frente é um clássico com o Sport, nos Aflitos, e outra partida difícil com o Salgueiro, também em casa. O centário, portanto, mudou. De viagens desgastantes e jogos seguidos, o Timbu passa a trablhar com mais espaço e sem se deslocar.

"Conseguimos um bom resultado contra o Ypiranga. Sabíamos da dificuldade do jogo e nós tivemos jogadores importantes que ficaram de fora para poder jogar bem o clássico. Agora, tenho certeza que vai ser diferente porque teremos uma semana inteira para trabalhar", disse Souza, que, neste domingo, acabou realizando a função de meia na vaga do poupado Eduardo Ramos.

O zagueiro Ronaldo Alves, que atuou sem o parceiro Marlon, também comemorou o maior tempo de preparação que a equipe terá pela frente. "Foi um jogo difícil, mas o time se impôs. É claro que não tínhamos peças importantes, mas os que entraram foram bem. Era um resultado que a gente não esperava. Sò que vamos valorizar o ponto conquistado. Domingo temos um clássico e temos que pensar só nele agora", disse. "Vamos trabalhar a semana inteira para sair vencedor. Vamos jogar em casa e precisamos nos impor. Esse tempo para trabalhar vai ser importante", acrescentou.

Waldemar Lemos explica mudanças na escalação e valoriza empate conquistado

As ausências de peso no time alvirrubro acabaram refletindo diretamente no desempenho do Náutico. Além do volante Derley, que estava suspenso, a equipe entrou em campo sem três atletas essenciais ao esquema do time. O zagueiro Ronaldo Alves, o meia Eduardo Ramos e o atacante Siloé acabaram de fora do jogo. Fato que pegou muitos alvirrubros de surpresa e acabou potencializando as critícas ao treinador Waldemar Lemos. Depois da partida, vieram as explicações.

"Achei por bem preservar esses três jogadores e eles voltam normalmente na semana que vem. Nós tivemos a intenção de não provocar uma lesão grave nos jogadores. Eles vieram de uma semana muito desgastante", explicou o comandante alvirrubro, que valorizou o empate em 0 a 0 com o Ypiranga. "É sempre bom pontuar. Somente o resultado é que deixa a gente um pouco triste. Mas, no geral, acabou valendo a pena", acrescentou.

Com as mudanças, a equipe timbu acabou entrando em campo com três zagueiros e três volantes. Ainda assim, principalmente no primeiro tempo, a Máquina de Costura encontrou muitos espaços para trabalhar a bola na defesa do Náutico. Waldemar Lemos, contudo, focou outro ponto negativo da equipe. "Acho que acabou faltando criatividade. Esse foi um fator fundamental", disse.

Zé Teodoro "Mais forte do que nunca"

Com o cargo ameaçado, o técnico Zé Teodoro respirou aliviado com a vitória sobre o Central, em Caruaru. Elogiando o seu elenco e destacando o poder de reação do time no jogo e em tão pouco tempo após a vexatória eliminação na Copa do Brasil, o comandante coral foi além. Já pensa no futuro e garantiu que o time irá chegar fortena reta final do Estadual.

"Nunca deixei de acreditar nos meus jogadores. Tivemos dificuldades esta semana, mas não é um jogo que vai sacrificar um trabalho inteiro que estamos fazendo. O Santa Cruz vai chegar, e forte, nessa reta final do Estadual", pontuou. Feliz com o futebol demonstrado pelo time neste domingo, o treinador complementou: "Seria uma injustiça se nós não vencêssemos esse jogo. Conseguimos criar muitas oportundiades", disse.

Com os atletas dedicando a vitória a ele, Zé Teodoro também não deixou de retribuir aos seus comandandos, lembrando de toda a confusão no meio da semana. "Gostaria de parabenizar os jogadores. Tivemos uma semana difícil, com eliminação, protestos, e eles conseguiram dar a volta por cima", disse.

Na próxima quarta-feira, o Santa Cruz enfrentará o Belo Jardim, no Arruda, no jogo que já está sendo encarado pelo treinador como o mais difícil. "Será o duelo mais importante das nossas vidas. Estamos chegando perto do nosso primeiro objetivo (G4) e não podemos mais vacilar", falou.

Santa Cruz volta a jogar bem e vence o Central por 2 a 1, de virada, em Caruaru

Voltando a mostrar um futebol digno, o Santa Cruz venceu o Central de virada, por 2 a 1, na tarde deste domingo, no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. Todos os gols da partida saíram no segundo tempo. Luciano Henrique, que entrou no meio do segundo tempo, fez um gol e ainda deu o passe para Dênis Marques marcar o golaço da vitória coral. Com a vitória, o Tricolor não só se consolidou no G4, ao chegar aos 29 pontos, como também salvou a pele do técnico Zé Teodoro que entrou no jogo com o cargo ameaçado.

Surpreendendo ao escalar o time com três volantes de contensão e somente Weslley na criação, o técnico Zé Teodoro optou por liberar os dois laterais para atuar como alas. Com Renatinho e Diogo bastante avançados, Memo passou a fazer o terceiro homem de zaga e o Tricolor atuou todo primeiro tempo no 3-5-2. A mudança que em principio pareceu estranha, funcionou. Fazendo um jogo bastante movimentado, o Santa Cruz mostrou levemente superior desde o início e teve as melhores chances da primeira etapa. Só não finalizou os primeiros 45 minutos de partida na frente, graças à boa atuação do goleiro Rodrigão, da Patativa.

Apesar disso, a primeira chance de gol foi do Central. Aos nove minutos, Fernando Pires foi até a linha de fundo e cruzou voltando. Júnior Maranhão chegou batendo de primeira e a bola raspou a trave. A partir de então, só deu Santa. Aos 23, Weslley bateu falta no ângulo e o goleiro tirou a bola quase de dentro do gol. Cinco minutos depois, Flávio Caça-Rato, que entrou na vaga de Geílson, machucado, fez grande jogada, entrou na área e mandou uma bomba. A bola pegou na zaga e voltou para Renatinho que quase marca. Aos 36, foi a vez de Diogo fazer ótima jogada e deixa Dênis Marques na cara do gol. Rodrigão fez grande defesa.

Na volta para o segundo tempo, o Santa Cruz mudou o padrão e parece que deixou o bom futebol nos vestiários. Logo na primeira jogada, o Central já mostrava que iria dar trabalho. Boa chegada de Lenílson, que arremessou de longe e quase marca para a Patativa. Aos 11, o time da casa abriu o placar. Depois do escantei Viola cabeceou. A zaga do Santa falhou bizarramente e quando Tiago Cardoso pegou, a bola já tinha entrado. A bola não chegou nem a entrar. O lance foi confuso, mas o bandeirinha Pedro Wanderley assumiu a responsabilidade e correu para o centro dando o gol.

Depois do gol, o jogo cresceu muito. Dênis Marques mandou uma bomba e o goleiro deu rebote. Na volta, Renatinho perdeu o gol debaixo da barra. O Santa atacava e a Patativa respondia. Waldson perdia gol de um lado e Caça-Rato do outro. Aos 25 minutos, o empate coral. Carlinhos Bala cabeceou à queima roupa, Rodrigão fez uma defesa milagrosa, mas deu rebote. Na volta Luciano Henrique mandou cruzado para as redes. Foi o suficiente para o Tricolor reaver o bom futebol e voltar a pressionar a Patativa em busca da virada. Aos 34, contra-ataque rápido armado por Luciano Henrique, que lançou Dênis Marques, que driblou o zagueiro, puxou para o meio e fez um golaço. Era o gol da vitória coral.

FICHA DO JOGO

CENTRAL 1
Rodrigão; Davidson (Thiago Silva), Ricardo Purcino, Viola e Arthur (Harley); Diego Goes, Fernando Pires, Júnior Maranhão e Lenílson; Beto Acosta (Beto) e Waldison.
Técnico: Celso Teixeira.

SANTA CRUZ 2Tiago Cardoso; Diogo, Éverton Sena, William Alves e Renatinho; Memo, Anderson Pedra, Chicão (Luciano Henrique) e Weslley (Carlinho Bala); Geílson (Flávio Caça-Rato) e Dênis Marques.
Técnico: Zé Teodoro.

Local: Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. Árbitro: Gilberto Castro Júnior.Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral. Gols: Viola (C); Luciano Henrique e Dênis Marques (S). Cartões amarelos: Davidson, Beto Acosta, Diego Goes (C); Anderson Pedra, Geílson, Memo, Carlinhos Bala, William, Diego Lima e Flávio Caça-Rato (S). Público: 9.418. Renda: R$ 71.855.