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12 de junho de 2012

Justiça da Paraíba decide uma das vagas na Série C do Campeonato Brasileiro

Mais um capítulo da novela que está se tornando o imbróglio jurídico da Série C foi escrito ontem. Em Brasília, o ministro Marco Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deferiu em caráter liminar o Conflito de Competência impetrado pelo Treze-PB, em que eram questionadas as decisões da Justiça estadual do Acre e do Tocantins a respeito da briga do clube paraibano com Rio Branco-AC e Araguaína-TO por uma vaga na Terceira Divisão. Com a definição nas mãos da Paraíba, apesar de não se falar oficialmente, é praticamente certo que o Treze-PB será incluído na Série C, já que todas as decisões anteriores da Justiça estadual foram favoráveis ao time local.

Para serem integrados à Série C, Treze-PB, Rio Branco-AC e o Araguaína-TO entraram com ações na Justiça Comum e, desde então, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi obrigada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a paralisar a competição, antes do seu início, que aconteceria no dia 27 de maio. Os três times disputam a mesma vaga.

Caso seja resolvida essa situação na Paraíba, ainda assim, os problemas das Séries C e D não terão chegado ao fim. O Brasil de Pelotas e o Santo André disputam ainda outra vaga na competição (em mais uma briga jurídica). O clube gaúcho tem hoje uma liminar favorável na Justiça gaúcha, que lhe dá a vaga na Série C. O Santo André, em seguida, pediu ao STJD que suspendesse o início das duas competições até que se resolvesse todo o problema jurídico.

A pressa para que a situação seja resolvida foi evidenciada pelo próprio STJ, que tinha programada para hoje o julgamento do conflito de competência. “Pela pressão política que está se fazendo, tudo deve ser resolvido ainda esta semana”, disse o diretor de futebol do Santa Cruz Albertino dos Anjos, que está acompanhando o caso de perto. “A Série C está muito perto de acontecer”, sentenciou.

Meia Ramón recebe proposta e deve deixar o Náutico em breve

O Náutico pode perder a primeira peça no Campeonato Brasileiro. O meia Ramón recebeu uma proposta de outro clube da Série A e deve deixar a equipe alvirrubra. O atleta, inclusive, não atuou diante do Botafogo, no último domingo. De acordo com a diretoria de futebol do Timbu, a proposta feita agradou tanto o jogador quanto o clube.

"Fizeram uma proposta para o Ramón boa pro jogador e para o nautico. Ainda não há nada definido. Estamos analisando", disse o gerente de futebol Carlos Kila. Ele, porém, não quis revelar qual clube tem interesse no jogador. Apesar disso, confirmou que se trata de uma agremiação da Série A.

Ramón chegou aos Aflitos para a disputa do Campeonato Pernambucano, mas demorou para estrear. O atleta tinha vínculo com o CSKA de Moscou. Por isso, a documentação tardou para chegar e o Timbu fez uma "manobra" para poder inscrever o jogador. O contrato com o Bahia, penúltimo clube do atleta, foi ampliado por três meses e, em seguida, ele foi emprestado ao time alvirrubro. Em campo, Ramón teve apenas atuações discretas.

Márcio Rosário com uma expulsão por jogo

O apelido Caveirão do Bope pode intimidar. Na verdade, até ajuda, pela posição em que Márcio Rosário joga: zagueiro. Mas em alguns minutos de conversa a alcunha perde sentido e percebe-se que o jogador está mais para um boa praça do que para um sisudo militar. Dentro de campo, o jogo é firme. E há consequências para quem joga assim. No último domingo, o defensor foi expulso na partida com o Botafogo. Antes, havia levado o vermelho contra o Figueirense. Dois jogos, duas expulsões, e o topo no ranking de indisciplina do Brasileiro.

Márcio Rosário garante que não é um jogador violento. E argumenta que, pela primeira vez na carreira, vive a situação de duas expulsões em sequência. “Nunca tinha acontecido isso comigo. Levo uns amarelos, normal, mas sou um cara muito tranquilo. No tempo em que joguei no Botafogo e no Fluminense não levei nenhum cartão vermelho. Foi uma coincidência infeliz ter sido expulso nesses dois jogos seguidos”, afirmou o zagueiro.

Sobre a expulsão no jogo com o Botafogo, nenhuma reclamação contra a arbitragem. Márcio considerou os dois cartões amarelos que levaram ao vermelho justos. Na defesa dele, o argumento de que as duas faltas que resultaram nas advertências foram inevitáveis. “No primeiro lance, o Maicossuel ia na cara do gol. Tive que fazer a falta. No segundo, foi a mesma coisa. Eles vinham no dois contra um. Se não fizesse a falta, o cara saía de frente com o Felipe”, explicou o defensor.

Márcio terá que cumprir suspensão justamente quando ganhou a titularidade. Com a lesão de Marlon, que deve ficar até 30 dias de fora, ele foi o escolhido por Gallo para fazer dupla de zaga com Ronaldo Alves.

Sport poderá ir do céu ao inferno contra o Bahia

No próximo domingo, o estádio de Pituaçu será palco de um clássico regional. Sport e Bahia irão realizar um duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.  Uma vitória no próximo jogo será essencial para ambas as equipes para se distanciar da zona de rebaixamento, mas como o campeonato ainda está no início, vencer significa se aproximar da zona de classificação da Sul-Americana e da Libertadores.

Em uma posição mais confortável, o Leão da Praça da Bandeira ocupa a 11ª colocação com cinco pontos conquistados e terá um duro desafio pela frente. Faturar os três pontos contra o Bahia jogando em seus domínios. Feito que não acontece desde Campeonato Brasileiro de 1989. Outro fator complicado para o Leão, é jogar fora de casa. O Sport ainda não conseguiu sair com o triunfo fora de seus domínios na atual temporada. Até então, foi um empate e uma derrota – 0 a 0 contra o Santos na Vila Belmiro e 1 a 0 para o Cruzeiro em Varginha.

Uma vitória do Sport poderá deixa-lo próximo a zona da Libertadores, mas em caso de um revés em solo baiano, a equipe comandada por Vágner Mancini pode ir parar próximo a zona da degola.

O time baiano está em uma situação mais complicada. Com apenas dois pontos conquistados em quatro rodadas, o Tricolor de Aço divide a 17ª colocação com o Atlético-GO e terá que vencer o rubro-negro pernambucano para espantar o fantasma do rebaixamento e respirar um pouco no torneio nacional.

Kieza vai vestir a camisa do Sport?


Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Jogador pediu desculpas por ter queimado um boné da Torcida Jovem


Um pedido de perdão e uma demonstração de expectativa. Em entrevista à Rádio Clube AM, ontem, o atacante Kieza acabou explicitando o interesse em defender as cores do Sport, maior rival do seu ex-clube, o Náutico. O jogador disse que espera uma definição da sua situação até quinta-feira. Já a diretoria rubro-negra negou qualquer negociação e garantiu que outros atletas estão apalavrados.

No final do programa Superesportes Bate Bola, o repórter Bruno Reis colocou Kieza na linha, para saber do andamento das negociações com o Náutico. O atacante, no entanto, surpreendeu a todos, ao falar sobre o contato com o Leão. “Existem algumas propostas, sim, e será bom também se fecharmos com o Sport. É um grande clube do cenário nacional, tem uma estrutura muito boa. Acredito que teremos uma definição até quinta”, afirmou.

Durante a tarde, no entanto, o presidente rubro-negro, Gustavo Dubeux, negou qualquer contato com o atleta. “É um grande jogador, mas ninguém da diretoria falou com ele. Estamos com alguns jogadores apalavrados e esperamos resolver tudo na segunda quinzena de junho. Se tivermos problema com algum deles, poderemos pensar no caso de Kieza”, disse o mandatário.

Para Dubeux, as declarações de Kieza revelam uma tentativa de abrir portas na Ilha do Retiro. “É um atleta inteligente, que está querendo se posicionar no mercado e vê o Sport como uma boa opção”, avaliou.

Kieza também pediu perdão por ter queimado um boné da Torcida Jovem, durante o desfile alvirrubro, após o acesso à Série A em 2011. Sobre o assunto, Dubeux preferiu não se prolongar. “O ato dele foi ruim, mas o fato de ter pedido desculpas mostra que é um atleta inteligente.”