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10 de fevereiro de 2015

“Árbitro não pode ser crucificado”, diz presidente da FPF


Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem
Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem
Apesar das queixas do Náutico pelo lance que provocou o gol do Sport no clássico desse domingo, na Arena Pernambuco, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, adotou a cautela na hora de avaliar o árbitro Emerson Sobral. Argumentou que o lance era muito difícil para avaliar Sobral. “Caso seja erro não tem como crucificar o árbitro pela dificuldade do lance. Conversei com amigos e jornalistas e não houve unanimidade. Imagina para um árbitro em 30 segundos?”, disse Evandro.
Carvalho, contudo, ponderou que somente a comissão de arbitragem poderá fazer a avaliação da atuação de Emerson Sobral e que se o erro for verificado, haverá um trabalho de recuperação do árbitro. O presidente, porém, negou que vá ter algum tipo de veto do profissional de arbitragem para os jogos do Timbu. “Nem o Náutico nem a FPF tem esse poder de vetar ou escalar árbitro. Até porque é sorteio. A comissão que escolhe quem vai para sorteio”.

Quem vai ser o próximo árbitro a ser fritado no clássico?

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A polêmica dos clubes com a arbitragem começou. E foi o Náutico quem deu o pontapé inicial ao reclamar exacerbadamente  do árbitro Emerson Sobral e o assistente Francisco Chaves Bezerra por causa do gol do atacante Samuel, que garantiu a vitória do Sport no clássico.  O clube entrou com um pedido à FPF para que Emerson não apitasse mais jogos do time, mas a federação não aceitou a representação.
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Aliás, Emerson já foi contestado também pelo Santa Cruz, e justamente num jogo contra o Náutico. No Estadual de 2012, o Santa vencia o Náutico por 2×1 até os 49 minutos quando Sobral marcou um pênalti a favor do Timbu, que foi convertido e a partida terminou empatada.
Os tricolores cercaram o árbitro e começaram a aplaudir, de forma irônica, a sua atuação. Lembrando que no primeiro gol do Santa os alvirrubros reclamaram que Carlinhos Bala havia cobrado a falta com a bola rolando. Emerson Sobral não foi o único questionado por um dos três clubes.  Relembre alguns casos recentes:
Sandro Meira Ricci – O árbitro que representou o Brasil na última Copa do Mundo não é bem visto no Santa Cruz. No ano passado Ricci teve atuação bastante criticada pela torcida do Santa e toda a diretoria do clube no clássico contra o Sport, no Arruda, pela semifinal da Copa do Nordeste. Sandro expulsou os zagueiros Everton Sena e Leandro Souza, ambos do Santa, e marcou um pênalti polêmico em cima de Felipe Azevedo.
Gleydson Leite – Ele mesmo admitiu que errou feio nos dois pênaltis não marcados a favor do Sport no clássico diante do Náutico em fevereiro do ano passado pelo Campeonato Pernambucano. O então vice-presidente jurídico do Sport, Arnaldo Barros, atual vice presidente de futebol, afirmou que o árbitro foi orientado a errar para prejudicar o time da Ilha do Retiro.
Gilberto Castro Junior – Outro que também é mal visto na Ilha do Retiro. O árbitro também foi alvo da diretoria do Sport por conta da não expulsão do atacante Léo Gamalho no clássico entre Santa Cruz e Sport pela Copa do Nordeste 2014.
Gamalho acertou com uma cotovelada o rosto do zagueiro Ferron, que saiu de campo sangrando bastante. O Rubro-Negro denunciou o atacante ao STJD e pediu à FPF que não escalasse Gilberto em seus jogos. O pedido não foi atendido.
Cláudio Mercante – Esse talvez tenha sido o mais polêmico de todos. Em 2011, na primeira partida da final do Pernambucano, Mercante não expulsou o zagueiro Tiago Mathias do Santa Cruz logo no início do jogo. Aliás, o lance teve outro momento bastante polêmico antes mesmo da falta de Tiago.
O atacante Bruno Mineiro, então no Sport, já estava no campo adversário antes do apito do árbitro. O lance seguiu, Mathias errou e derrubou Bruno, evitando que ele ficasse na cara do gol. O lance seria para vermelho mas Mercante advertiu com amarelo, para a revolta dos rubro negros.